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Parque Tecnológico de Sorocaba é escolhido para sediar a Rede de Ambientes Paulistas de Inovação – Agência de Notícias

O Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS), empresa pública ligada à Prefeitura de Sorocaba, que oferece um ambiente de inovação tecnológica e de fomento ao desenvolvimento, tonou-se sede, a partir desta terça-feira (29), da Rede de Ambientes Paulistas de Inovação (API), uma associação que reúne, atualmente, 27 instituições entre parques e polos tecnológicos, centros de inovação, distritos tecnológicos, incubadoras e aceleradoras de startups, entre as quais está a Agência Inova Sorocaba, gestora do PTS. O objetivo é articular e conectar as ações realizadas por essas várias instituições, tendo como estratégia o fortalecimento da política e de instrumentos de fomento à inovação operada nesses ambientes, almejando o desenvolvimento social, econômico, científico e tecnológico do Estado de São Paulo e do Brasil. Uma solenidade marcou o lançamento oficial da Rede API, incluindo a realização de uma assembleia inaugural, no Campus da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.

O evento teve a presença de diversas autoridades, entre as quais o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado, Vahan Agopyan, além de representantes das principais instituições do ecossistema nacional, como Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras), Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) e Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Universidades e prefeituras paulistas também prestigiaram o lançamento. O presidente do Parque Tecnológico de Sorocaba, Nelson Cancellara, foi representado pelo gerente-administrativo da Agência Inova, Giuliano Gueratto. Já, a Agência Inova Sorocaba foi representada pelo seu diretor-executivo, André Santos, que ocupará a função de diretor administrativo-financeiro da Rede API.

A API foi criada a partir de um movimento de aproximação entre os ambientes de inovação e empreendedorismo de diversas cidades do estado de São Paulo, iniciado no segundo semestre de 2022. Fazem parte desse movimento, até o momento, oito Parques Tecnológicos, sete Centros de Inovação, cinco Hubs de Inovação, três Incubadoras, além de entidades, como Anpei e Fapesp.

Juntas, as instituições atendem a um total de 878 empresas; há, também, 900 empresas assistidas pelos APLs (Arranjos Produtivos Locais) locais; 92 programas desenvolvidos anualmente; 161 propriedades intelectuais geradas pelas empresas, por ano, e 27 internacionalizações realizadas pelos ambientes/ano. Já, o faturamento das empresas ultrapassa os R$ 2 bilhões, por ano, e geram mais de 15 mil empregos diretos e indiretos/ano. Ainda, foram responsáveis por captar recursos e investimentos privados da ordem de R$ 181 milhões anuais.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado de São Paulo, Vahan Agopyan, iniciativas, como essa, ajudam o Brasil a quebrar paradigmas do ecossistema de inovação. “Essa iniciativa é fantástica. É fundamental estarmos conscientes sobre como isso pode ser amplificado para o Brasil.”

De acordo com o presidente do PTS, Nelson Cancellara, a criação da rede é, ainda, um marco importante para a inovação no estado de São Paulo. “A formação dessa rede vai facilitar o compartilhamento de experiências e informações, além de estimular o auxílio mutuo, dentro do estado de São Paulo. Com isso, o governo pode olhar para cada região e saber quais são os ecossistemas que a compõem, podendo ajudá-la da forma mais assertiva. Hoje não se pode imaginar cidades, estados ou países que não estejam focados em ter a ciência, a tecnologia e a inovação trabalhando juntas. E nós estamos aqui para, de alguma forma, contribuir com a sociedade”, ele afirma.

O diretor-executivo da Agência Inova, André Santos, também destacou a importância da constituição da Rede API e da participação do PTS como um dos fundadores. “Estamos muito orgulhosos de contribuir e participar como membros fundadores da rede, que é um importante movimento para São Paulo. O ambiente de inovação de nosso Estado é muito rico e não deixa a desejar a nenhum outro lugar do mundo. Então, há pouco mais de um ano, esse grupo começou a conversar e se organizar, gerando pertencimento e confiança entre todos os atores, chegando agora à sua consolidação”, ressaltou.

Intensificação das ações

Paula Lima, diretora-presidente do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), que realiza a gestão da incubadora de empresas USP-Ipen (Instituto de Pesquisa Energéticas e Nucleares) e dos ambientes de inovação da APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), explica que, ao completar um ano, a rede já tem avançado em seus objetivos, com a realização de ações técnicas, políticas, institucionais e gerenciais. E, agora, com a sua formalização, deverá intensificar tudo isso. “Queremos ampliar nossas ações, possibilitando realizar cooperação mútua entre os atores que integram a rede. Por exemplo, quando a empresa de uma região do Estado lança um desafio e o ecossistema de sua região não conseguir resolver, por não constituir sua especialidade, a rede entra em ação em busca daquele que possa auxiliar”, explicou a diretora do Cietec. A rede também poderá ser articuladora no diálogo com empresas da Confederação Nacional

da Indústria (CNI), por exemplo. “Estamos muito confiantes no resultado que iremos alcançar, a partir da constituição oficial de Rede API e tendo o Parque Tecnológico de Sorocaba como a sede fiscal”, completou.

Jardel Matos, diretor de redes da Anprotec e diretor da Rede de Ambientes de Inovação do Mato Grosso Sul, destacou a importância da participação do Poder Público, principalmente no envolvimento da sociedade, para que se sinta pertencente e conheça a importância desses ambientes de inovação. “Cabe a nós envolver, ao máximo, a sociedade, fazendo com que se sinta parte desse ambiente de inovação, sentindo como sendo algo dela e de relevância. Entre essas ações, é possível citar a formação em TI para jovens. Ações que o ambiente possa levar para fora, tornam-se um ativo importante para a cidade, a sociedade. E esse é o nosso principal papel”, disse, opinião que foi compartilhada pelo presidente do Conselho da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia), Daniel Leipnitz.

Fotos: Divulgação

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