O governo do Acre promoveu, nesta terça-feira, 14, uma reunião interinstitucional com representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e do Conselho Estadual de Educação. O encontro, realizado no gabinete da SEE, teve como objetivo alinhar estratégias e reforçar o pacto coletivo por ambientes escolares seguros.
Na pauta, estiveram tanto a avaliação das políticas públicas já implementadas quanto a articulação de novas ações, como o desenvolvimento de mais formações voltadas a equipes gestoras, ações integradas com a rede de proteção e a construção de um diálogo qualificado com os veículos de imprensa.
Durante a reunião, foi consenso entre os presentes a necessidade de uma educação midiática para situações de conflito em escolas, que precisam ser tratadas com responsabilidade ética e compromisso com o bem público. Em vez de reforçar o pânico ou rotular unidades escolares a partir de episódios isolados, os meios de comunicação devem se somar aos esforços de construção da cultura de paz.
Nesse sentido, o Ministério Público do Acre propôs encabeçar a organização de evento específico de sensibilização voltado aos profissionais da imprensa. A proposta é reunir jornalistas, editores, comunicadores institucionais e especialistas da educação e dos direitos humanos para refletir sobre o papel da mídia na prevenção à violência e na promoção de narrativas que fortaleçam a convivência escolar.
“Estamos tratando de vidas, e sabemos a importância que a imprensa tem na mobilização. Acreditamos que, em ações integradas e tendo a comunicação como aliada na construção de soluções, chegaremos em resultados satisfatórios”, destacou o secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho.
O secretário também propôs a expansão do Programa Escola Segura para novas linguagens de sensibilização, com a produção de materiais audiovisuais voltados para o público escolar. A ideia é estimular o respeito, o pertencimento e o protagonismo estudantil, fortalecendo os vínculos e prevenindo ações de violência. Além disso, foi debatido o reforço de estratégias de conscientização a serem levadas diretamente às escolas, com campanhas educativas e rodas de conversa promovidas de forma contínua e articulada.
A SEE também apresentou os avanços já consolidados, como a realização da Semana da Convivência Escolar e o impacto de ações como os círculos restaurativos, os projetos Justiça Restaurativa nas Escolas e Defensores do Futuro, além da atuação permanente do Departamento de Segurança Escolar, que oferece escuta qualificada e apoio à gestão em medidas pedagógicas e administrativas.
Programa Escola Segura
Com investimentos superiores a R$ 1,9 milhão, o Programa Escola Segura já beneficiou mais de 110 mil estudantes e segue como referência nas políticas de convivência e enfrentamento à violência.
“Segurança escolar não se faz com respostas isoladas. É preciso coordenação, escuta ativa, e uma responsabilidade compartilhada. A reunião de hoje é mais um passo nesse caminho”, concluiu Aberson.
A articulação interinstitucional terá continuidade com a definição de um calendário conjunto de ações tanto na capital, quanto nos municípios, buscando o fortalecimento dos vínculos com as comunidades escolares.
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